Novo livro: «RAÍZES DOS JUDEUS EM PORTUGAL – Entre Godos e Sarracenos» – Inácio Steinhardt

Breve história de presença judaica no território que viria a ser o Reino de Portugal e do seu legado para a nossa cultura.

Raízes dos Judeus em Portugal – Entre Godos e Sarracenos, de Inácio Steinhardt, é uma obra que traça, em linhas gerais, a história da presença judaica no território que viria a ser Portugal, durante o período que antecedeu a formação do Reino Portucalense, e descreve as relações mútuas entre o povo judeu e o povo português, focando as contribuições recíprocas para a história de cada um deles.

E de facto, sem o conhecimento e a compreensão do que aconteceu durante esta fase remota da nossa história, dificilmente se interpretarão alguns dos episódios – dolorosos quase sempre ou, nalguns raros momentos, um pouco mais felizes – que marcaram a relação entre cristãos e judeus, em Portugal, principalmente ao longo dos séculos XV, XVI e XVII.

O livro de Inácio Steinhardt é porém muito mais do que uma simples revisitação da proto-história do território português e dos povos que nele habitaram. Através das suas páginas, fica o leitor a compreender o significado de inúmeras tradições, de não poucos termos cruciais, e também a forma como aos poucos foram por cá emergindo os rostos da intolerância. De uma intolerância de que todos, sem excepção, fomos responsáveis.

Editora Vega – Colecção Sefarad – História
Formato 13 x 20 cm – 180 pág.,
Brochado – Ano 2012 – 1ª edição
ISBN 978-972-699-805-1

Sinopse

As raízes dos judeus em Portugal são muito anteriores à formação da nossa nacionalidade. Quando D. Afonso Henriques obteve o reconhecimento do seu reino independente, em 1143, já viviam judeus na Península Ibérica há, pelo menos, um milénio. A escassez de fontes documentais fidedignas sobre a presença judaica, nos territórios que viriam a fazer parte do Reino de Portugal, não encorajou muitos estudos. O presente trabalho pretende aceitar esse desafio, conjugando fontes portuguesas, judaicas e árabes, para compilar uma imagem, tanto quanto possível coerente, dessa época. Os judeus diferenciavam-se dos outros povos por se considerarem sempre uma nação no Exílio, cujo anelo milenário era o retorno à sua Terra, sem ambições territoriais onde quer que encontravam asilo. Só contribuindo para a prosperidade dos seus anfitriões podiam assegurar o bom acolhimento. Especial atenção foi projetada para as identidades ainda enigmáticas de alguns participantes nos eventos, que tiveram particular relevância na reconquista, no povoamento e na formação do Reino, como Sisnando Davides, Yahya ben Yaish e seus descendentes.

 

 

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