Judaica nas Coleções da Biblioteca Nacional de Portugal – séculos XIII a XVIII

Judaica nas Coleções da Biblioteca Nacional de Portugal – séculos XIII a XVIII
EXPOSIÇÃO | 26 de mar. | 18h00 | Museu do Livro | Entrada livre | até 28 jun.

judaica_il-72_0632_316vA exposição, coordenada por Lúcia Liba Mucznik, inclui uma seleção das obras mais representativas da Biblioteca Nacional de Portugal em hebraico ou sobre a língua hebraica e relativas ao judaísmo e a judeus, manuscritas ou impressas até ao séc. XVIII. Encontra-se organizada em seis núcleos: BíbliaLiturgia, Ritual e HomiléticaLíngua HebraicaLiteratura DidáticaFlávio Josefo e Fílon de Alexandria, e Polémica antijudaica.

O catálogo impresso, profusamente ilustrado, e que reúne uma seleção das obras mais significativas da coleção de Judaica da BNP, será lançado no dia da inauguração. Posteriormente será disponibilizado um site inteiramente dedicado a esta coleção da BNP.
A especificidade da coleção de Judaica da BNP resulta do contexto histórico do país, em particular da inexistência de judaísmo legal em Portugal, entre o final do séc. XV e o início do séc. XIX, e da censura da Inquisição.
Salienta-se, em primeiro lugar, a quase inexistência de obras hebraicas impressas em Portugal, à exceção dos incunábulos hebraicos anteriores à expulsão. E em segundo lugar o facto de a maioria das obras hebraicas raras existentes na BNP terem sido produzidas por hebraístas cristãos para um público cristão, designadamente católico, como se comprova pelos locais de impressão (Paris, Antuérpia, Veneza, Alcalá). Entre elas, destacam-se as bíblias hebraicas e as obras sobre a língua hebraica, quase todas do séc. XVI, na sua maioria provenientes de livrarias conventuais.
judaica_res-624-v_0002Em terceiro lugar, é de realçar, como consequência do desterro dos judeus peninsulares, que as obras produzidas por e para judeus foram impressas na diáspora, em Ferrara, Veneza, Amesterdão, Londres ou Hamburgo, com o objetivo de satisfazer as necessidades religiosas dos novos judeus – cristãos-novos retornados ao judaísmo – portugueses e espanhóis. Essas obras foram adquiridas, na sua maior parte, a partir do séc. XVIII, quando o clima de abertura cultural em Portugal fomentou o interesse de intelectuais pelos estudos judaicos, como são os casos, entre outros, de Frei Manuel do Cenáculo e António Ribeiro dos Santos, primeiro bibliotecário-mor da Real Biblioteca Pública da Corte, antecessora da Biblioteca Nacional de Portugal.

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One comment

  1. valero mireille

    todos los livros religiozos son en lenasse israel collection amsterdam
    ay tb en bnp livros de pedrro nunez el inventor de trigonometria logarythmica sin aqueya es impossible navigar
    el mas importante mathematiciano del portugal era djudio convertido por fuerza

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