El coral djudeo-espanyol ANJELES Y MALHINES convidado a la apresentacion del Coral Israelita Brasilero

No dia 21 de novembro de 2010, o Coral Israelita Brasileiro (CIB), do Rio de Janeiro, realizou o Concerto Comemorativo dos seus 56 anos de existência, no salão do Clube Israelita Brasileiro, em Copacabana. A Diretoria do CIB convidou o Grupo Angeles i Malahines de Cultura Sefaradi, também do Rio de Janeiro, para participar da festa. Na ocasião, o seguinte texto foi lido pela profª Cecilia Fonseca da Silva:

Buenas noches a todos kon salú buena i muncha alegria.
Boa noite a todos, com boa saúde e muita alegria.

Esta saudação tipicamente sefaradi mostra como são importantes a saúde e a alegria em todas as atividades diárias. Sendo saudáveis e alegres podemos ter mazal bueno, ou seja, boa sorte na vida.
Em 1492, os judeus que viviam na Espanha (Sefarad, em hebraico) foram obrigados, por motivos religiosos e políticos, a deixar para trás suas propriedades e iniciar nova vida. Muitos se dirigiram a Portugal; outros, para o sul da França, Holanda e Itália. Uma grande parte se fixou nos Bálcãs, Grécia, Turquia, Marrocos, Costa Norte-Africana e Oriente Médio. Daí, mais tarde, algumas famílias dariam o grande salto para as Américas.
Despojados de seus lares e de suas propriedades, mas não da fé no Criador que os protegia, levaram para os países que os acolheram sua cultura e, principalmente, sua alegria de viver. Foram recriando, por onde passavam ou se fixavam, sua própria Sefarad.
A língua utilizada pelos judeus ibéricos era o castelhano. Posteriormente, na medida em que foram fixando-se em outros países, passaram a incorporar vocabulário e expressões das novas culturas. Essa é a origem do ladino, também chamado de “a língua florida”.
Os descendentes desses judeus expulsos de Sefarad são chamados sefaradis e conservam, até os dias de hoje, a identidade e o patrimônio cultural ibéricos.

O Grupo Angeles i Malahines de Cultura Sefaradi procura resgatar, preservar e difundir, por meio de canções, essa herança tão preciosa.

Como nosso nome indica, seja na forma latina – angeles – ou na hebraica – malahines – somos mensageiros da riqueza cultural de um povo que se orgulha de suas origens.

Queremos agradecer, com grande alegria, o honroso convite da diretoria do Coral Israelita Brasileiro, na figura do maestro Abrahão Rumchimsky, para participar de sua apresentação anual. Nós nos sentimos imensamente envaidecidos por estar presentes em tão importante festa.

  • A primeira canção que vamos apresentar é bela e romântica. Manzanika Korelada, de autor anônimo, é originária da Bósnia. Um coração apaixonado é comparado a uma maçã muito vermelha, saborosa como o próprio amor. “Meu coração bateu quando passei pela tua porta. Não como, não bebo, só pensando no amor. O amor é um alfinete que espeta o coração. É também uma chama, que nem toda a água do mar consegue apagar”.
  • Com letra de Matilda Kohen Sarano e música de Haim Tsur, a próxima canção fala do encontro de dois jovens, sobre a Ponte de Istambul. Uma jovem vê um rapaz e se apaixona por seus olhos negros e lábios apaixonantes. Ela quer chamar sua atenção, mas ele resiste um pouco. Ela insiste, ficam de mãos dadas e vão dançar. E se já não estão casados, logo, logo isso vai acontecer. Sovre el Ponte d’Estambol
  • A canção folclórica – Alle Brider (Somos todos irmãos) – com letra em ídiche de Morris Winchevsky, ganhou versão em ladino, feita por Vitoria Sulam Saul: Ermanos semos
  • A próxima canção – Kaminando por la Plaza – de autor anônimo, é originária da Turquia e de Rodes. Um jovem de 18 anos, ao caminhar por uma praça, vê uma mulher loura e graciosa. Perdidamente enamorado, ele diz: “Por ti, minha linda dama, darei minha vida inteira. Meu coração está tão desesperado de amor, que nem sei o que farei, nem o que direi”.
  • Antes da última canção apresentamos os componentes do nosso grupo:
    Ricardo Galarce, no acordeão; Edson Cordeiro, no violão; Léon Rousseau, no violino; Estrela Bohadana, nas castanholas; Vivian Behar e Cecilia Fonseca da Silva, na coordenação e redação; Nosso regente, José Behar…

 
E mais as vozes de todos os que tornam o grupo fiel à idéia de que, juntos, não importa a origem, manteremos viva a chama da tradição sefaradi.

  • Composta por Naomi Shemer, a letra original em hebraico tem versão em ladino de Jak Salam. Yerushalayim de Oro.
  • (De bis, foi cantada Buena Semana, canção anônima,originária do Marrocos)

 

 

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One comment

  1. Afonso Carlos Guimaraes

    TREMENDO MUI LINDO! QUE DIO GRANDE LOS BENDIGA, SHALOM!

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